Você cresceu com a Turma da Mônica: quem são os 10 filhos de Mauricio de Sousa e o que fazem hoje?

Você cresceu com a Turma da Mônica: quem são os 10 filhos de Mauricio de Sousa e o que fazem hoje?

Família, memória e personagens atravessam gerações. Aos 90, o pai da Mônica segue movendo afetos e negócios no Brasil.

O criador da Turma da Mônica celebrou nove décadas em 26 de outubro, com festa íntima em São Paulo, e ganhou uma cinebiografia. Ao redor dele, dez filhos que viraram personagens e, em boa parte, também executivos da Mauricio de Sousa Produções.

Por trás dos quadrinhos: família, negócios e 90 anos

Mauricio de Sousa chegou aos 90 com mobilidade reduzida e uso de cadeira de rodas, mas com a obra em alta nos cinemas. A cinebiografia recém-lançada reacende memórias e aponta para o futuro da empresa criada por ele, a MSP, hoje avaliada no mercado em cerca de R$ 2 bilhões, com braços em gibis, animações, séries e uma extensa carteira de licenciamentos.

Dez filhos serviram de bússola criativa para o cartunista e viraram peças centrais da mitologia de Mônica, Cebolinha e companhia.

A vida familiar sempre alimentou o catálogo de personagens. Nomes, traços de personalidade, manias e piadas domésticas migraram para as HQs. O resultado se vê na força intergeracional da marca e na presença dos filhos em áreas-chave da operação.

  • Aniversário de 90 anos celebrado em casa, ao lado da família.
  • Cinebiografia em cartaz, com um dos filhos no papel do próprio pai.
  • MSP consolidada como potência criativa e de licenciamento no país.
  • Personagens nascidos de crianças reais que cresceram diante do público.

Mônica, Magali, Nimbus, Do Contra e Marcelinho carregam rostos e histórias que começaram na sala de estar da família Sousa.

Quem são os 10 filhos e os personagens que nasceram deles

Filho Idade (2025) Personagem inspirado O que faz hoje
Mônica Spada e Sousa 65 Mônica (1963) Diretora-executiva da MSP
Magali Spada e Sousa 64 Magali Roteirista na MSP
Mariângela Spada e Sousa 66 Maria Cebolinha Vida discreta, fora da gestão
Maurício Spada e Sousa Faleceu em 2016 (44) Professor Spada / Dr. Spam Homenageado nas HQs
Marina Takeda 39 Marina Conteúdo na MSP; mãe de duas crianças
Mauro Sousa 37 Nimbus Ator, dublador e diretor de eventos; vive com Rafael Piccin
Maurício Takeda e Sousa 36 Do Contra (1994) Baterista; pai; vida reservada com Camila Braga
Vanda Signorelli e Sousa 54 Vanda (Turma da Mônica Jovem) Participa de homenagens; fora da gestão
Valéria Signorelli e Sousa 54 Valéria (Turma da Mônica Jovem) Participa de homenagens; fora da gestão
Marcelo Pereira de Sousa 26 Marcelinho (2015) Criação na MSP; formado em Comunicação Social

Mônica Spada e Sousa

Filha de Mauricio com Marilene Spada, inspirou, aos dois anos, a protagonista de 1963. Hoje, coordena a estratégia da companhia e mantém o legado vivo em novas mídias e formatos.

Magali Spada e Sousa

Personalidade doce e calma virou a amiga famosa por amar melancia. Aos 64, escreve histórias na casa que ajudou a construir com a própria infância.

Mariângela Spada e Sousa

Primogênita, serviu de base para Maria Cebolinha, a irmã bebê do menino que troca o R pelo L. Prefere a discrição e não atua na MSP.

Maurício Spada e Sousa

Virou o Professor Spada, alter ego do vilão Dr. Spam. Morreu em 2016, aos 44, vítima de infarto. O personagem mantém seu nome em circulação nas revistas.

Maurício Takeda e Sousa

Do casamento com Alice Takeda, inspirou o Do Contra, criação de 1994. Baterista, pai recente, leva vida discreta com a esposa, Camila Braga.

Mauro Sousa

Referência para o mágico Nimbus, ligado à meteorologia nas HQs. Ator e dublador, comanda eventos da MSP e interpreta o próprio pai no filme biográfico. É casado com o produtor Rafael Piccin, em relação aberta que recebeu apoio público de Mauricio.

Marina Takeda

Artista de traço firme, inspirou a personagem que desenha e cria. Na vida profissional, responde pelo conteúdo da MSP. É casada com um terapeuta e tem duas crianças.

Vanda e Valéria

Gêmeas do segundo casamento de Mauricio, com Vera Lúcia Signorelli. Renderam as irmãs da Turma da Mônica Jovem. Não integram a operação diária, mas marcam presença em ações em homenagem ao pai.

Marcelo Pereira de Sousa

Caçula, virou Marcelinho em 2015. Nasceu de uma relação durante breve separação de Alice Takeda. Formado em Comunicação Social, migrou do interior para São Paulo e atua na criação da MSP, acolhido pela irmã Mônica.

“A família está nos créditos” virou norma: os filhos apareceram como crianças, cresceram como personagens e hoje assinam decisões na empresa.

Do papel para a empresa: como a família molda a MSP

Os filhos ocupam posições estratégicas e ajudam a ajustar a linguagem dos gibis à sensibilidade do público atual. Essa presença estimula coerência criativa e acelera decisões de licenciamento, já que a turma real conhece a força de cada personagem nas prateleiras e nas telas.

Há ganhos e desafios. Ganhos: identidade nítida, memória afetiva, agilidade na aprovação de projetos e cuidado com reputação. Desafios: separar a vida privada do interesse público, lidar com ataques nas redes e evitar que a figura do autor se confunda com a de gestor. O episódio em que Mauricio defendeu Mauro de ataques homofóbicos revela essa fronteira e a postura da família.

  • Conteúdo: gibis, graphic novels, séries e animações.
  • Negócios: licenças de brinquedos, educação, alimentação e eventos.
  • Curadoria: personagens clássicos convivem com tramas da fase jovem.
  • Governança: herdeiros na direção, com protagonismo de Mônica.

Linha do tempo afetiva e criativa

Em 1963, uma garotinha de dois anos virou a menina de vestido vermelho e dentinhos proeminentes. Nos anos 1990, surgiu o Do Contra, filho artista de personalidade antissistêmica. Em 2015, Marcelinho ampliou o elenco e conectou a turma a uma nova geração. Entre esses marcos, nasceram homenagens a irmãs, irmãos e gêmeas que alimentaram arcos cômicos e emocionais.

A estratégia de derivar personagens de pessoas reais dá verossimilhança aos quadrinhos. A infância observada na mesa do café e no quintal virou gag, bordão, encrenca e amizade, de modo que leitores se reconhecem nas páginas.

Para o leitor: o que isso diz sobre criar histórias em família

Pais e mães podem transformar pequenas manias em narrativas que aproximam gerações. Vale registrar frases, expressões e cenas do cotidiano. Com um caderno, dá para criar tirinhas simples com três quadros e balões de fala curtos, usando lápis de cor e papel sulfite.

  • Escolha um traço da criança: coragem, timidez, humor ou curiosidade.
  • Crie um conflito cotidiano: perder o brinquedo, dividir o lanche, pedir desculpas.
  • Resolva a situação com afeto e aprendizado em no máximo seis falas.
  • Guarde a data, como se fosse um diário ilustrado da família.

Para escolas, os personagens podem servir de ponte para alfabetização, noção de cidadania e leitura crítica de mídia. Professores conseguem, por exemplo, comparar versões de uma mesma história na fase infantil e na fase jovem, analisando linguagem, temas e evolução dos protagonistas.

No campo dos negócios, a trajetória da MSP mostra vantagens de marcas que crescem com raízes afetivas: autenticidade, valores claros e audiência fiel. O risco está em acomodar a inovação. A solução passa por testar formatos, abrir espaço para roteiristas diversos e medir retorno de personagens em plataformas digitais, sem perder a voz que cativou fãs por décadas.

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