A voz que embalou Rumi no longa da Netflix mira voos maiores e reacende a discussão sobre música feita para cinema.
EJAE, artista por trás das canções de Rumi em Guerreiras do K-pop, quer transformar seu momento em carreira de trilhas. Reforçada por nova representação global, ela mira produções que unem estética forte e narrativa sonora marcante — terreno onde poucas vozes conseguem deixar assinatura duradoura.
Quem é EJAE e o impacto em Guerreiras do K-pop
A coreana EJAE ganhou protagonismo ao interpretar e assinar faixas centrais do filme da Sony Pictures Animation lançado pela Netflix. Sua presença não se limita ao microfone. Ela compôs, produziu e ajudou a moldar a identidade musical do trio fictício HUNTR/X.
- Faixas das HUNTR/X com créditos de EJAE: Golden, How It’s Done, What It Sounds Like.
- Trilha adicional: Hunter’s Mantra, peça que amarra motivos do filme.
- No universo do rival Saja Boys: Your Idol leva sua assinatura como compositora.
Essa combinação de performance e criação posiciona EJAE na prateleira de artistas capazes de entregar repertório pop contemporâneo com engenharia de som refinada. É o tipo de perfil que estúdios buscam quando desejam canções que vivem fora da tela.
O salto de EJAE vem ancorado em um contrato recente com a WME para representação global. Isso abre portas em cinema, TV e publicidade.
O novo alvo: do Aranhaverso a 007
Em conversa recente com a imprensa, EJAE sinalizou dois desejos claros: compor para a franquia Homem-Aranha: No Aranhaverso e assinar uma música para James Bond. Há lógica por trás da ambição. Ambos os projetos têm tradição de trilhas icônicas e alto padrão curatorial.
No caso do Aranhaverso, pesa a sintonia estética. A animação da Sony Pictures Animation potencializa hip hop, R&B, eletrônica e texturas urbanas — paleta sonora que conversa com a escrita de EJAE. Em 007, a meta é outra: alcançar o posto de intérprete de tema principal, vitrine que consagra artistas pop a cada novo capítulo da franquia.
Aranhaverso e 007 são vitrines globais com força de catálogo: música autoral, integração com narrativa e longa vida em plataformas.
Por que o Aranhaverso seduz quem faz música
Estilo visual que pede som com personalidade
O primeiro filme, de 2019, mudou a régua da animação ao simular quadrinhos no cinema. A trilha reforçou camadas de identidade de Miles Morales, usando vozes contemporâneas e batidas com pegada urbana. O modelo virou referência para longas seguintes e manteve o padrão na sequência de 2023, Através do Aranhaverso.
O terceiro capítulo, Além do Aranhaverso, está previsto para 18 de junho de 2027. O calendário dá fôlego para curadoria musical extensa e colaborações inéditas — ambiente ideal para quem quer compor canções originais que dialogam com personagens, dilemas e ritmos da metrópole.
Além do Aranhaverso chega em 18 de junho de 2027. O intervalo prolongado favorece testes, versões e coesão sonora.
James Bond: tradição que consagra vozes
O espião criado por Ian Fleming virou sinônimo de tema principal marcante desde os anos 1960. A “assinatura 007”, composta por John Barry, é reconhecida nos primeiros segundos. Em títulos recentes, a franquia levou a estatueta do Oscar duas vezes com músicas de Billie Eilish (No Time To Die) e Adele (Skyfall). A escolha da voz certa vira parte da estratégia de reposicionamento do personagem a cada geração.
- Exigência artística: uma música-tema que soe clássica e atual.
- Desafio técnico: orquestração robusta sem perder punch pop.
- Resultado buscado: refrão memorável e identidade que resista ao tempo.
Onde EJAE já brilhou — e o que vem no curto prazo
Antes de Rumi, EJAE já figurava no radar de games com Rebirth, para League of Legends, que rendeu indicação ao Hollywood Music in Media Awards em 2022. No K-pop, sua pena aparece em hits de alto alcance, como Drama e Armageddon, do aespa, e Psycho, do Red Velvet, além de colaborações com LE SSERAFIM, TWICE, NMIXX e FIFTY FIFTY.
Nos palcos, a artista se junta a Audrey Nuna e Rei Ami para apresentar faixas de Guerreiras do K-pop no Jingle Ball, evento anual da iHeartRadio, em dezembro. É vitrine ao vivo, com audiência multiplataforma e espaço para versões especiais.
| Franquia | Oportunidade musical | Por que combina com EJAE |
|---|---|---|
| Homem-Aranha: No Aranhaverso | Canções originais e colaborações com trilha urbana | R&B/hip hop contemporâneo e letras de personagem |
| James Bond | Tema principal e arranjos sinfônicos modernos | Voz emotiva com produção pop de alto impacto |
| Guerreiras do K-pop | Pop eletrônico focado em narrativa juvenil | Entendimento do arco das personagens e refrões fortes |
Como um artista entra em trilhas de filmes e animações
Da ideia ao playback final
- Representação: agências como a WME articulam reuniões com supervisores musicais de estúdios.
- Pitch criativo: envio de esboços alinhados ao roteiro, com referências de timbre e emoção.
- Testes: versões com variação de BPM, tonalidade e letra para cenas específicas.
- Co-criação: sessões com a equipe de som para sincronizar cortes, diálogos e respirações.
- Entrega: stems separados para mixagem, além de versões instrumental e curta para trailers.
Para animação, o processo costuma incluir mudanças tardias de montagem. Isso pede flexibilidade de arranjo e elementos que sobrevivam a cortes sem perder assinatura. Quem domina produção e voz, como EJAE, leva vantagem em prazos apertados e ajustes de última hora.
Artistas que cantam e produzem na mesma mesa tendem a ganhar espaço em trilhas: entregam rápido, revisam melhor e mantêm identidade.
O que isso significa para o fã brasileiro
Se EJAE entrar no Aranhaverso, você tende a ouvir faixas com potencial de chart nas plataformas locais, impulsionadas por TikTok e rádios pop. Em 007, a visibilidade global de um tema principal costuma turbinar turnês e performances especiais, o que aumenta a chance de passagens por festivais na América do Sul.
Para quem acompanha K-pop, vale ficar de olho em colaborações cruzadas. Produtores que chegam a grandes franquias voltam ao pop com novas texturas sonoras, sintetizadores diferentes e estruturas de refrão pensadas para cinema. Esse intercâmbio costuma render versões deluxe e remixes com participações inesperadas.


