Você em Sorocaba precisa saber que Rodrigo Manga foi afastado por 180 dias e o vice assume hoje

Você em Sorocaba precisa saber que Rodrigo Manga foi afastado por 180 dias e o vice assume hoje

Um terremoto político mexe com rotinas, agendas e contratos na cidade. A área da saúde volta ao centro das atenções.

O Tribunal Regional Federal da 3ª Região determinou o afastamento do prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos), por 180 dias, dentro da segunda fase da Operação Copia e Cola da PF. O vice-prefeito Fernando Martins (PSD) assumiu o comando da Prefeitura enquanto avançam as investigações sobre contratos da saúde.

O que a Justiça determinou

Os desembargadores aplicaram uma medida cautelar para conter interferências na apuração. A decisão impede contatos com investigados e afasta o titular do cargo do dia a dia da administração. A ordem não revoga o mandato conquistado nas urnas. Ela vale por 180 dias e pode ser ampliada ou derrubada conforme a evolução do caso.

A PF cumpriu sete mandados de busca e apreensão e duas prisões preventivas. Os investigadores seguem a trilha de contratos da saúde firmados com uma organização social. O suposto esquema envolveria favorecimento e fluxo de dinheiro irregular.

O bloqueio e o sequestro de bens de investigados chegam a R$ 6,5 milhões, segundo decisão judicial comunicada pela PF.

Manga estava em Brasília quando soube do afastamento e reagiu nas redes sociais. Ele disse ver motivação política e prometeu enfrentar a medida nos tribunais. A Prefeitura informou que os serviços continuam e que o vice já responde pelo expediente.

Quem foi preso e por quê

A PF prendeu duas pessoas. O empresário Marco Silva Mott, apontado como amigo do prefeito, é investigado por atuar como lobista e por suposta lavagem de dinheiro ligada a contratos municipais. O pastor Josivaldo Batista de Souza, casado com a irmã da primeira-dama, também foi detido. As prisões são preventivas.

  • Marco Silva Mott: suspeita de intermediação e lavagem em contratos públicos.
  • Josivaldo Batista de Souza: citação em negócios ligados à saúde municipal.
  • Ambos terão a situação reavaliada pelo Judiciário conforme novas provas.

Advogados de Mott e de Josivaldo afirmaram que não veem motivos para a prisão. Eles disseram que seus clientes já haviam prestado esclarecimentos e que recorrerão para derrubar a medida.

O que diz a defesa do prefeito

A defesa de Rodrigo Manga afirma que o inquérito é nulo e começou de forma irregular. Os advogados falam em perseguição política e criticam o afastamento baseado em fatos que, segundo eles, remontam a 2021. A equipe jurídica prepara recursos para reverter a decisão e sustenta confiança no Judiciário.

A medida cautelar não cassa o mandato. Ela suspende o exercício do cargo enquanto a investigação avança.

Operação Copia e Cola: números do dia

Medida Detalhe
Buscas e apreensões 7 mandados cumpridos
Prisões preventivas 2 detidos
Afastamento 180 dias para o prefeito
Bloqueio de bens R$ 6,5 milhões

Impacto imediato para o cidadão

A administração municipal confirmou a continuidade dos serviços públicos. Unidades de saúde, escolas, coleta e demais contratos seguem em operação. O vice-prefeito responde pela assinatura de atos e pela interlocução com fornecedores e órgãos de controle.

  • Atendimento nas UBS e UPAs: funcionamento regular, com monitoramento de insumos.
  • Pagamentos a fornecedores: mantidos, com verificação adicional de conformidade.
  • Agendas e obras: mantidas, com priorização do que já está contratado.
  • Transparência: relatórios e documentos podem ser solicitados via Lei de Acesso à Informação.

Como funciona o afastamento cautelar

O afastamento cautelar busca preservar provas e impedir influência no curso da investigação. O magistrado aplica quando identifica risco de obstrução ou de repetição de condutas sob apuração. A medida não equivale a condenação e não substitui processos políticos como impeachment.

O prazo inicial é de 180 dias. O tribunal pode encerrar antes ou prorrogar, conforme movimentos da PF e do Ministério Público. O gestor afastado permanece com direitos políticos e mantém a defesa ativa nos autos.

O papel da Câmara

Vereadores favoráveis a apurar os contratos da saúde defendem uma Comissão Parlamentar de Inquérito. Eles entendem que o afastamento facilita a coleta de documentos e o envio de informações por servidores. A presidência da Casa cobrou responsabilidade e coordenação com o Executivo interino para garantir os serviços da cidade.

Quem é Rodrigo Manga

Manga foi eleito em 2020 e reeleito em 2024. Antes, atuou como vereador por dois mandatos. Ele ganhou projeção ao usar vídeos curtos para falar de política local e rotina de governo. A comunicação digital aproximou sua imagem de públicos mais jovens e ampliou alcance fora de Sorocaba.

O que observar a partir de agora

O andamento da Operação Copia e Cola deve produzir novos relatórios, perícias e pedidos da PF. Contratos da saúde tendem a sofrer auditorias internas e externas. O vice-prefeito precisa equilibrar a agenda de serviços com a necessidade de abrir informações e responder a ofícios de controle.

Munícipes podem acompanhar portais de transparência, diários oficiais e reuniões da Câmara. Reuniões de conselho de saúde também se tornam pontos de pressão e de fiscalização social. Associações de pacientes e servidores costumam sinalizar gargalos de atendimento e compras emergenciais.

Dúvidas frequentes do contribuinte

  • Meu atendimento de saúde muda? A Prefeitura afirma que não. Procure sua unidade de referência e guarde protocolos.
  • Pagamentos de convênios e OS continuam? Sim, com checagem reforçada de contratos e metas.
  • Quem assina novos contratos? O prefeito em exercício, observado o rito legal e os limites da LRF.

Ponto de atenção nas OS de saúde

Modelos com organizações sociais exigem metas, indicadores e auditorias periódicas. A falta de painéis públicos de desempenho facilita distorções. Cidades que publicam produção assistencial, escalas, compras e custos por unidade tendem a reduzir riscos de desvios.

Para o usuário, vale anotar datas de consultas, horários de espera e nomes de equipes. Esses dados fortalecem reclamações formais e ajudam órgãos de controle a cruzar informações. Quem identifica cobranças irregulares ou ofertas de atalho deve registrar boletim e notificar a ouvidoria municipal.

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