O papo sobre refrigerante ganhou um tom afetivo. Latinha, gás na medida e perfume de fruta reacenderam memórias que muita gente jurava ter esquecido.
Depois de 25 anos longe das prateleiras, o clássico Slice reapareceu nos Estados Unidos, agora com proposta mais leve e conversa direta com quem busca reduzir açúcar sem abrir mão do sabor.
Um retorno que mexe com a memória afetiva
Sucesso nas décadas de 1980 e 1990, Slice volta a circular com apoio do efeito nostalgia. A marca, criada pela PepsiCo em 1984, marcou época ao apostar em fruta como protagonista. Na reestreia, mira dois públicos ao mesmo tempo: quem bebeu quando jovem e quem hoje prioriza rótulos mais enxutos e fórmulas equilibradas.
Relançado nos EUA, Slice combina apelo retrô e composição atualizada para competir no segmento de refrigerantes de baixo açúcar.
A volta acontece por meio de uma parceria entre PepsiCo e a Suja Life, companhia conhecida por portfólio natural e orgânico. O acordo resgata o capital histórico de Slice e injeta credibilidade em uma fase em que ingredientes e transparência pesam na decisão de compra. Ao mesmo tempo, as redes sociais impulsionam a curiosidade, multiplicando fotos de latas e comparações com lembranças da infância.
De pioneiro a reedição
Na origem, Slice ganhou espaço ao trazer 10% de suco natural, algo raro no mercado de refrigerantes da época. Essa ancoragem em fruta criou reputação de frescor e diferenciou o produto num corredor dominado por colas tradicionais. O retorno preserva o espírito frutado, mas ajusta a fórmula para um consumidor mais atento à quantidade de açúcar.
Lançado em 1984, Slice ficou conhecido por incorporar 10% de suco de fruta. O relançamento mantém o DNA frutado, agora com foco em leveza.
O que muda na fórmula 2.0
A nova receita concentra a proposta na moderação. Cada lata tem 5 gramas de açúcar, número que sinaliza redução relevante frente aos padrões de refrigerantes comuns. A marca também informa adição de nutrientes essenciais, uma aposta que dialoga com quem busca opções mais funcionais na hora de matar a sede. O objetivo é entregar dulçor e acidez equilibrados, com gás limpo e final cítrico.
A nova lata traz 5 g de açúcar por porção e nutrientes essenciais, sem abrir mão do perfil frutado que fez história.
- Açúcar reduzido: 5 g por lata para atender a metas pessoais de consumo de açúcar.
- Nutrientes adicionados: aporte funcional para quem procura algo além de sabor.
- Perfil frutado: caráter cítrico preservado, com doçura mais contida.
- Posicionamento claro: alternativa refrescante para quem procura leveza sem perder prazer.
| Aspecto | Slice (1984) | Slice 2.0 |
|---|---|---|
| Açúcar por lata | não informado | 5 g |
| Suco de fruta | 10% de suco natural | ênfase no perfil frutado, com foco em leveza |
| Parceria | PepsiCo | PepsiCo + Suja Life |
| Proposta | frescor e novidade | nostalgia, menos açúcar e perfil funcional |
Sabores que miram os hábitos atuais
O portfólio de estreia reúne escolhas familiares e um toque moderno. A marca confirmou quatro sabores:
Sabores de lançamento: Laranja, Limão-lima, Cola clássica e Toranja spritz.
As variações cítricas puxam sensações de refrescância e combinam com o teor reduzido de açúcar. A cola se dirige a quem prefere um caminho mais tradicional, enquanto a toranja oferece uma nota levemente amarga, tendência em bebidas que querem fugir do excesso de doçura.
Por que o momento faz sentido
O consumo de refrigerantes vem mudando. Há mais interesse por rótulos curtos, transparência e menos calorias. Marcas que carregam história encontram espaço num eixo que cruza memória e comportamento de compra mais racional. A estratégia de Slice encaixa nessa virada, usando uma identidade reconhecível para enfrentar um corredor competitivo que hoje inclui água saborizada, chás prontos e opções sem ou com pouco açúcar.
Outra peça desse tabuleiro é a conversa digital. O produto volta com apelo compartilhável: latas coloridas, narrativa de resgate e uma estética que funciona em fotos e vídeos curtos. Esse contexto amplia alcance sem depender apenas de mídia tradicional, e ajuda a acelerar o boca a boca entre públicos diferentes.
Onde encontrar e o que esperar adiante
O relançamento começou nos Estados Unidos, em redes de supermercados e pontos de conveniência. A recepção inicial estimula o plano de ampliar a linha de bebidas mais saudáveis sob a marca. A tendência é ver edições sazonais e formatos variados, caso a aceitação se mantenha alta. A leitura do varejo vai orientar o ritmo, com ajustes de portfólio por região e canal.
O que o consumidor brasileiro precisa saber
Até o momento, a chegada ao Brasil não foi confirmada. Mesmo assim, a movimentação nos EUA indica caminhos que o mercado local já segue: menos açúcar, perfis mais secos e comunicação centrada em benefício claro. Para quem se interessa por essa proposta, vale observar o rótulo de refrigerantes e sodas nacionais que ofereçam:
- teor de açúcar reduzido por porção;
- aromas naturais ou notas cítricas que evitem doçura intensa;
- informações objetivas sobre ingredientes e nutrientes;
- porções que caibam na rotina sem ultrapassar metas pessoais diárias.
Como avaliar a troca no dia a dia
Se você costuma beber um refrigerante comum e quer cortar açúcar, comparar por porção ajuda. Uma simulação simples: quem consome uma lata que tenha 35 g de açúcar por dia e substitui por uma opção com 5 g reduz cerca de 210 g por semana. O impacto cresce ao longo do mês e pode facilitar outras mudanças, como ajustar sobremesas ou reduzir snacks doces no período da tarde.
Outra estratégia é alternar. Intercalar um refrigerante de menor teor com água com gás e limão em dias de maior calor mantém a sensação de refrescância e reduz picos de doçura. Para quem treina ou precisa de energia, avaliar o horário de consumo também faz diferença, priorizando janelas em que a ingestão de açúcar não atrapalhe o sono.
O que fica do retorno do Slice
Marcas com passado forte podem ganhar nova vida quando conseguem traduzir objetivos atuais de consumo. Slice usa atributos de 1984 como ponto de partida e reconstrói o produto com açúcar reduzido, nutrientes adicionados e sabores que privilegiam frescor. Para o público, a boa prática continua a mesma: olhar o rótulo, comparar por porção e escolher aquilo que faz sentido para a própria rotina.
Para quem curte referências retrô, o renascimento de Slice abre espaço para experiências parecidas: testar versões de baixa ou média doçura, experimentar perfis cítricos menos óbvios e ajustar a frequência de consumo. A nostalgia dá o empurrão inicial. A continuidade depende de sabor consistente, preço adequado e transparência na comunicação.


