Você na lista do INSS? Acréscimo de 25% na aposentadoria em 45 dias: veja quem recebe agora

Você na lista do INSS? Acréscimo de 25% na aposentadoria em 45 dias: veja quem recebe agora

Milhares de aposentados buscam reforço na renda mensal. A regra existe, tem prazos definidos e cobra atenção aos detalhes.

O INSS mantém um adicional de 25% para quem precisa de ajuda permanente nas tarefas do dia a dia. O pagamento é oficial, tem base legal e pode ser solicitado pela internet. A medida afeta diretamente famílias que cuidam de idosos e pessoas com limitações graves.

Quem pode receber o adicional de 25%

O acréscimo de 25% é destinado ao aposentado que depende de outra pessoa para atividades básicas. Isso inclui cuidados com higiene, alimentação, locomoção e supervisão contínua. A regra vale para casos em que a necessidade é permanente e comprovada.

O adicional é pago a quem demonstra dependência para a vida diária e pode ultrapassar o teto do INSS quando aplicado.

De forma geral, entram na lista situações associadas a limitações severas. Exemplos frequentes avaliados pela perícia:

  • Cegueira total;
  • Perda de nove ou mais dedos das mãos;
  • Paralisia de ambos os braços ou de ambas as pernas;
  • Perda das pernas quando o uso de prótese é inviável;
  • Perda de uma mão e de ambos os pés, mesmo que prótese seja possível;
  • Perda de um braço e de uma perna, quando a prótese é inviável;
  • Transtorno mental com perturbação grave da organização do pensamento e da vida social, exigindo supervisão constante;
  • Doença que mantenha a pessoa acamada;
  • Incapacidade permanente para atividades da vida diária.

A lista acima é exemplificativa. O que define o direito é a necessidade de acompanhamento permanente, comprovada em perícia e avaliação social.

O que a Justiça consolidou e como isso afeta você

Hoje, o adicional de 25% está ligado à aposentadoria por incapacidade permanente (antiga aposentadoria por invalidez). Houve disputa judicial sobre ampliar o pagamento a outras modalidades de aposentadoria. A posição consolidada é restritiva, mantendo o adicional na aposentadoria por incapacidade permanente. Quem recebe outros tipos de aposentadoria precisa checar caso a caso, pois a extensão automática não está valendo.

O adicional é típico de quem está aposentado por incapacidade permanente e necessita de assistência contínua de outra pessoa.

Como pedir sem sair de casa

O processo tem três etapas objetivas e pode ser iniciado pelo celular ou computador:

  • Pedir o serviço no Meu INSS ou pela Central 135;
  • Comparecer à perícia médica e à avaliação social, quando convocado;
  • Acompanhar o resultado e, se aprovado, receber o adicional junto ao benefício.

O prazo médio informado para decisão gira em torno de 45 dias úteis. O INSS pode solicitar documentos complementares durante a análise.

Documentos e provas que fortalecem o pedido

  • Laudos, exames e atestados recentes, com CID, assinatura e CRM;
  • Relatório do médico assistente descrevendo limitações e necessidade de ajuda contínua;
  • Receitas e histórico de medicação;
  • Relatos objetivos sobre rotina de cuidados, com horários e tarefas;
  • Comprovantes de internações, fisioterapia, terapias ou visitas domiciliares;
  • Documentos pessoais e número do benefício.

Quanto você pode ganhar a mais

O adicional equivale a 25% sobre o valor da aposentadoria. Aplica-se sobre o que você recebe mês a mês e compõe o abono anual.

  • Quem recebe R$ 1.518 passa a R$ 1.897,50.
  • Quem recebe R$ 2.400 passa a R$ 3.000.

O acréscimo pode superar o teto previdenciário quando somado ao benefício, pois o percentual incide integralmente.

Algumas regras financeiras merecem atenção:

  • O adicional cessa com o fim da necessidade de assistência ou com o óbito do titular;
  • Não integra pensão por morte para os dependentes;
  • Pode ser revisto em nova perícia, caso haja melhora clínica.
Ponto-chave Como fica
Quem tem direito Aposentado por incapacidade permanente que precisa de assistência contínua
Percentual 25% sobre o valor do benefício
Pagamento Junto com a aposentadoria e no abono anual
Prazo médio Em torno de 45 dias úteis
Como solicitar Meu INSS, Central 135 ou agência
Documentos Laudos, exames, relatórios e identificação
Ultrapassa o teto Sim, quando aplicado ao valor do benefício

Erros que atrasam ou levam à negativa

  • Laudos antigos ou sem descrição clara das limitações funcionais;
  • Ausência de comprovação de necessidade contínua de ajuda humana;
  • Falta em perícia ou remarcações sucessivas sem justificativa;
  • Relatórios sem CID, sem assinatura ou sem CRM do médico;
  • Contradições entre o relato do segurado e o exame pericial.

Como se preparar para a perícia e a avaliação social

Leve um resumo escrito da sua rotina, com horários, tarefas que exigem apoio e frequência do auxílio. Cite, por exemplo, banho, locomoção, preparo da alimentação, uso de medicação e supervisão para evitar quedas. Peça ao médico assistente um relatório com linguagem objetiva, descrevendo limitações, diagnósticos e necessidade de terceiro de forma permanente.

Durante a avaliação social, responda com precisão. Informe quem presta os cuidados, quantas horas por dia, se há custos e adaptações no domicílio. Fotografias de barras de apoio, cadeira de rodas e cama hospitalar ajudam a demonstrar a realidade.

Como saber se você está na lista do INSS

Se você já está aposentado por incapacidade permanente e precisa de ajuda humana para atividades básicas, tem perfil para o pedido. Casos de cegueira total, paralisia em membros, demência com supervisão constante, acamamento e perdas anatômicas severas costumam preencher o requisito de necessidade permanente.

Quem recebe outras modalidades de aposentadoria deve buscar orientação antes de abrir solicitação. Há decisões que restringem o adicional à incapacidade permanente, o que muda o caminho e evita frustração.

Informações que melhoram sua estratégia

Simule o impacto no orçamento familiar. Se a renda atual é de R$ 1.518, o adicional adiciona R$ 379,50 por mês. Em 12 meses, o reforço ultrapassa R$ 4,5 mil, sem contar o abono anual. Use essa projeção para planejar medicamentos, cuidadores e adaptações na casa.

O adicional não substitui benefícios de assistência e não migra para a pensão. Ele existe para compensar a presença diária de um acompanhante. Registre a rotina de cuidados e mantenha os laudos atualizados a cada seis meses. Esse histórico sólido costuma facilitar a renovação do direito quando há reavaliação.

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