Uma personagem simpática promete entrar na rotina de quem pega o barco na Billings e dar novos sentidos às viagens.
A Prefeitura de São Paulo confirmou em 1º de novembro que a nova mascote do Aquático-SP já tem nome escolhido pelos passageiros. A votação online reuniu milhares de moradores e usuários do transporte hidroviário, que definiram “Capi Tânia” como o rosto das ações educativas e festivas do serviço.
O que foi decidido pela cidade
A consulta pública ocorreu na internet entre 13 e 31 de outubro e somou 20.899 votos válidos. O engajamento superou 20,8 mil participações e colocou os paulistanos como protagonistas de uma escolha que mexe com o cotidiano de quem navega entre os terminais Cantinho do Céu e Parque Mar Paulista Bruno Covas.
Capi Tânia venceu com 52% dos 20.899 votos e se torna a mascote oficial do Aquático-SP.
Outras opções disputaram voto a voto a preferência do público. “Billi” ficou em segundo lugar com 23,8%, e “Cacá” apareceu logo atrás, com 23,7%. A eleição se encerrou às 23h59 do dia 31, garantindo transparência e um recorte temporal claro para a contagem.
| Nome | Percentual | Votos |
|---|---|---|
| Capi Tânia | 52% | — |
| Billi | 23,8% | — |
| Cacá | 23,7% | — |
A votação online mobilizou passageiros e moradores entre 13 e 31 de outubro e recebeu mais de 20,8 mil sugestões.
Quem é a Capi Tânia
Capi Tânia é uma capivara, animal associado às margens de rios e represas da cidade. A escolha reforça a relação afetiva de São Paulo com a Represa Billings e com a fauna que habita seus arredores. O personagem nasce com missão dupla: aproximar as famílias do Aquático-SP e ampliar a educação ambiental no sistema.
A presença da mascote vai humanizar a comunicação do serviço. Crianças e adolescentes tendem a criar vínculos mais sólidos quando recebem mensagens por meio de personagens. Isso abre espaço para conteúdos sobre descarte correto de resíduos, uso responsável da água e convivência segura nas embarcações.
Onde os passageiros vão vê-la
A capivara estará em ações pontuais nas plataformas e nas embarcações, especialmente em datas comemorativas. A ideia é criar experiências de acolhimento e orientar o público durante o embarque e o desembarque, além de reforçar boas práticas durante o trajeto entre Cantinho do Céu e Parque Mar Paulista Bruno Covas.
- Atividades educativas com escolas do entorno e projetos sociais;
- Distribuição de materiais lúdicos sobre preservação da Billings;
- Campanhas sazonais de segurança e acessibilidade;
- Recepção temática em feriados e programações culturais;
- Sinalização visual com a personagem nos terminais e nas barcas.
Como a votação mobilizou os paulistanos
O processo de escolha funcionou como um teste de participação cidadã no transporte público. Abrir o nome ao crivo popular gerou senso de pertencimento e transformou um detalhe de branding em ferramenta de diálogo com a comunidade. A leve diferença entre os nomes finalistas indica disputa real, com envolvimento de públicos diferentes e torcidas nas redes.
Para quem acompanha o Aquático-SP desde o lançamento, a mascote também serve de termômetro do projeto. Quanto maior a adesão às ações da Capi Tânia, maior a chance de o serviço consolidar hábitos sustentáveis e reduzir conflitos de convivência a bordo.
Mais do que um símbolo, a Capi Tânia vira porta de entrada para práticas ambientais no dia a dia da Billings.
O que muda para os passageiros
Nenhum passageiro precisará alterar rotas ou horários por causa da mascote. A mudança está na experiência. Com a capivara à frente, a comunicação tende a ficar mais direta e visual, principalmente em orientações de segurança, filas e prioridades. O material educativo deve ajudar quem usa o serviço pela primeira vez e também o usuário frequente que enfrenta a pressa do pico.
Benefícios esperados nas viagens
- Mensagens mais claras sobre embarque, uso de colete e áreas restritas;
- Ações de limpeza nas margens com foco em redução de resíduos;
- Dinâmicas com crianças para reforçar comportamento seguro;
- Campanhas de respeito às filas e aos assentos preferenciais;
- Integração da narrativa da mascote às campanhas de clima e água.
Por que a escolha importa para quem usa o Aquático-SP
Serviços públicos ganham tração quando conversam com quem está a bordo. A figura da Capi Tânia pode engajar moradores de bairros ribeirinhos e atrair quem ainda não experimentou a travessia pela Billings. Além disso, personagens facilitam mensagens complexas, como o impacto do lixo flutuante na operação e o papel do passageiro no descarte correto.
Há também uma dimensão econômica. Campanhas com mascotes costumam reduzir custos de comunicação no médio prazo, porque fixam mensagens com menos esforço repetitivo. Quando o público reconhece a personagem, passa a antecipar comportamentos desejados: separar o lixo, respeitar sinalizações, cuidar do espaço comum.
Próximos passos e oportunidades
A prefeitura pode usar a estreia da Capi Tânia para criar um calendário público de ações na Billings. Oficinas com escolas, mutirões de limpeza e visitas técnicas às estações de bombeamento podem formar uma trilha educativa anual. Parcerias com organizações ambientais e empresas do entorno ampliam o alcance, com contrapartidas como doação de equipamentos e produção de materiais didáticos.
Também cabe integrar a personagem à sinalização interna das barcas: adesivos de piso para orientar fluxo, cartazes com linguagem simples e QR Codes para materiais acessíveis. Uma narrativa consistente, que una segurança, sustentabilidade e serviço, tende a gerar mais respeito às regras e reduzir incidentes em horários de maior movimento.
Quando a mensagem certa chega no momento certo, a viagem fica mais segura, mais limpa e menos estressante.
Ideias para quem quer participar
- Organizar com a escola do bairro uma visita guiada ao terminal;
- Levar um saco reutilizável e recolher pequenos resíduos nas margens sem se expor a risco;
- Sugerir novas pautas para a Capi Tânia, como economia de água em casa;
- Participar das próximas consultas públicas do Aquático-SP;
- Reportar pontos de descarte irregular nas proximidades da Billings.
A chegada da Capi Tânia cria espaço para medir resultados. Três indicadores ajudam a avaliar o impacto: redução de resíduos recolhidos nos terminais, queda em ocorrências por mau uso das instalações e crescimento da participação em ações educativas. Com monitoramento trimestral e metas graduais, a mascote deixa de ser apenas uma figura simpática e vira ferramenta de gestão.
Para quem navega todos os dias, a proposta oferece ganhos concretos: informação objetiva, ambiente mais organizado e campanhas que falam a língua de quem está no cais. Se a cidade mantiver a participação ativa que elegeu o nome, a capivara pode transformar a travessia em referência de cuidado com a água e de convivência respeitosa nos transportes.


