Você vai deixar passar? governo de SP reúne 16 obras de Tarsila no Palácio dos Bandeirantes até 25/1

Você vai deixar passar? governo de SP reúne 16 obras de Tarsila no Palácio dos Bandeirantes até 25/1

Uma sala histórica reabre restaurada e recebe obras que viajaram a Paris e Bilbao. O público ganha novos motivos para ir.

A partir desta quinta-feira (6), o Palácio dos Bandeirantes abre a mostra “São Paulo – Paris: A Descoberta de Tarsila do Amaral”. Pela primeira vez, a coleção completa da artista sob guarda do Acervo dos Palácios se reúne na sede do Governo de São Paulo. A programação marca os 40 anos do Acervo Artístico-Cultural dos Palácios do Estado.

O que está em cartaz

O Salão dos Pratos volta à rota cultural com 16 obras de Tarsila do Amaral. O espaço passou por restauro para recuperar características originais. Piso, portas e teto foram revistos para acolher o público e os trabalhos com segurança e respeito ao patrimônio.

Seis pinturas retornaram recentemente de empréstimos para exposições em Paris e Bilbao. A circulação internacional reacendeu leituras sobre a artista e reafirmou seu peso no modernismo. A curadoria é de Rachel Vallego, responsável também pela gestão do Acervo dos Palácios, que propõe um percurso entre décadas e linguagens.

A mostra reúne 16 obras de Tarsila, com curadoria de Rachel Vallego, no Salão dos Pratos restaurado.

Uma travessia entre cidades

O fio condutor aponta para descobertas entre São Paulo e Paris. Da infância em fazenda e da metrópole, Tarsila recolheu cromatismos, memórias e formas. Na capital francesa dos anos 1920, absorveu vanguardas e encontrou vocabulário para reinventar a visualidade brasileira. O recorte abrange criações dos anos 1910 aos 1960, o que permite acompanhar mudanças de tema e de solução plástica ao longo de cinco décadas.

Esse diálogo entre dois mundos aciona questões caras à história da arte no país: identidade, linguagem pictórica e circulação internacional de artistas brasileiros. A exposição consolida essa conversa com obras que pertencem ao acervo público paulista.

Por que isso importa para você

O acesso gratuito amplia a entrada de novos públicos e facilita a visita de famílias, estudantes e turistas. A reunião do conjunto no Palácio, algo inédito, oferece uma visão encadeada da carreira da pintora. Quem quer entender o modernismo brasileiro ganha uma oportunidade rara de ver obras marcadas por pesquisa de cor, volume e síntese formal. Visitantes habituais de museus encontram novas leituras após a passagem do conjunto por importantes mostras europeias.

  • Recorte temporal amplo: produções dos anos 1910 aos 1960.
  • Salão histórico requalificado para visitas e exposições.
  • Eixo curatorial que conecta São Paulo e Paris sem perder o foco na linguagem brasileira.
  • Entrada gratuita mediante agendamento confirmado.
  • Programação alinhada ao 40º aniversário do Acervo dos Palácios.

Entrada gratuita até 25 de janeiro de 2026. Agendamento obrigatório com pelo menos 48 horas de antecedência.

Como visitar sem perrengue

A visita exige agendamento prévio. O Palácio recebe públicos individuais e grupos, com janelas definidas ao longo do dia. O controle de acesso evita filas longas e garante melhor circulação no salão. Organize a ida com antecedência e confirme o horário na mensagem de retorno do agendamento.

Período 06/11/2025 a 25/01/2026
Local Palácio dos Bandeirantes
Endereço Avenida Morumbi, 4500
Horários Segunda a sexta, 10h às 16h
Sábados Consultar disponibilidade no agendamento
Preço Gratuito
Agendamento Obrigatório, com antecedência mínima de 48 horas

Grupos escolares devem reservar com mais tempo para garantir mediação. Leve documento com foto para facilitar a entrada. Itens volumosos podem passar por inspeção. Informe necessidades de acessibilidade durante o pedido de visita para organizar o melhor percurso.

Bastidores do restauro e da curadoria

O Salão dos Pratos passou por intervenção para recuperar materiais e acabamentos originais. O projeto tratou piso, portas e molduras, e cuidou da iluminação para valorizar as pinturas. Essa etapa cria um diálogo entre arquitetura, história e conservação de acervo.

Na curadoria, Rachel Vallego reuniu obras que permitem observar pesquisas e mudanças de Tarsila ao longo do tempo. O recorte evita leituras estanques e incentiva o visitante a conectar imagem, técnica e contexto. A proposta responde também a um momento de renovação de interesse internacional por artistas brasileiros do período modernista.

Tarsila, modernismo e legado hoje

Tarsila do Amaral ocupa posição central no modernismo brasileiro. Sua produção ajudou a consolidar uma linguagem própria, informada por vanguardas europeias e por temas do cotidiano, do campo e da metrópole. A artista investigou planos de cor, simplificação de formas e soluções que aproximam figura e paisagem, sem abrir mão de referências nacionais.

A circulação recente de obras em Paris e Bilbao, seguida da reunião no Palácio, sinaliza um movimento de reavaliação global do modernismo latino-americano. Para o público, isso se traduz em novas chaves de leitura e na possibilidade de ver as pinturas com contextos atualizados de interpretação.

Impacto educativo e social

A mostra articula patrimônio, educação e cultura. Professores podem usar a visita para trabalhar conceitos de cor, geometria, memória e identidade. Estudantes ganham contato com procedimentos de museologia, curadoria e conservação. Famílias têm roteiros curtos e objetivos, com salas que favorecem conversas sobre paisagem, cidade e fazenda, sem jargão técnico.

Roteiros e dicas para aproveitar melhor

Reserve pelo menos 45 minutos para ver as obras com calma. Leve um caderno pequeno para anotar impressões de cor e forma. Tire fotos apenas onde for permitido e sem flash. Combine a visita com uma conversa sobre o que diferencia as fases de produção da artista. Compare paleta, linhas e volumes entre as décadas.

Quem mora na capital pode planejar uma segunda ida em horário menos concorrido, como o início da tarde em dias úteis. Grupos maiores devem dividir a turma em blocos menores para melhorar a circulação. Pessoas com mobilidade reduzida devem checar previamente o melhor acesso e os tempos de deslocamento dentro do Palácio.

Informações complementares que ajudam na sua visita

Para quem deseja levar a experiência para a sala de aula, vale propor exercícios visuais simples: identificar três cores predominantes em cada obra, perceber como a artista usa linhas para sugerir volume, reconhecer elementos da paisagem brasileira presentes na composição. Esses exercícios funcionam com crianças e adolescentes e não exigem conhecimento técnico.

Para visitantes que chegaram a conhecer apenas reproduções, ver as pinturas ao vivo revela nuances de pincelada, textura e contraste que não aparecem em tela de celular. Isso altera a leitura e acrescenta camadas de sentido. Planeje uma conversa final para registrar impressões do grupo e selecionar uma obra favorita, com justificativa.

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