Você vai perder Tarsila, Tomie e Niemeyer no mesmo andar? 7 razões para correr ao Itaú Cultural

Você vai perder Tarsila, Tomie e Niemeyer no mesmo andar? 7 razões para correr ao Itaú Cultural

A Avenida Paulista guarda uma surpresa que mexe com memória, afeto e curiosidade. Arte moderna conversa com a cidade de hoje.

O Itaú Cultural abre ao público um novo andar expositivo dedicado às artes moderna e contemporânea, aproximando Tarsila do Amaral, Tomie Ohtake e Oscar Niemeyer em diálogos diretos. O percurso propõe encontros inesperados, obras em revezamento e experiências acessíveis, com entrada gratuita na Paulista.

Um andar, três forças criativas

A proposta reúne três pilares do imaginário brasileiro. Tarsila do Amaral representa a virada modernista que redefiniu cores, formas e identidades. Tomie Ohtake dá corpo ao gesto abstrato que atravessou décadas, do ateliê à rua. Oscar Niemeyer surge como artista da curva, levando a arquitetura para dentro da experiência museal.

O novo andar aproxima pintura, escultura, desenho, fotografia, maquetes e documentos, criando pontes entre tradição e invenção.

A curadoria privilegia recortes temáticos, e não uma cronologia rígida. O visitante percorre núcleos que tratam de cor, forma, corpo, cidade e técnica. O diálogo não se limita a obras icônicas: o foco recai nos processos, nos estudos e nas relações entre suporte, material e espaço público.

O que você vai encontrar

  • Peças de acervos públicos e privados, com empréstimos rotativos ao longo do ano.
  • Maquetes, plantas e registros de projetos de Niemeyer, em conversa com telas e esculturas.
  • Obras e documentos de ateliê que evidenciam o fazer artístico de Tarsila e Tomie.
  • Estações interativas com mediação humana e recursos de acessibilidade.
  • Programação educativa com oficinas, conversas e visitas temáticas.

Como o espaço foi pensado

A museografia aposta na circulação fluida. O percurso favorece a permanência em cada núcleo, com bancos, leitura de sala clara e textos de parede objetivos. A iluminação valoriza cor e materialidade sem ofuscar. A sinalização de acesso é visível desde o térreo, facilitando a chegada de famílias e grupos escolares.

A acessibilidade inclui audioguias com audiodescrição, vídeos em Libras, pisos táteis e diagramação ampliada. As obras em vitrines baixas e maquetes permitem aproximação segura, inclusive para cadeirantes e crianças. Parte das legendas apresenta glossários de termos técnicos da arte e da arquitetura.

Entrada gratuita, recursos de acessibilidade e localização na Paulista colocam o circuito ao alcance de quem passa, trabalha ou mora na região.

A sustentabilidade aparece em painéis reutilizáveis, iluminação LED e uso controlado de climatização. O espaço foi desenhado para receber mostras de médio porte sem refazer toda a infraestrutura a cada nova montagem.

Serviço essencial para planejar a visita

Endereço Avenida Paulista, 149 – São Paulo (SP)
Horário De terça a domingo, 11h às 20h
Ingresso Gratuito, sujeito à lotação
Metrô Brigadeiro (Linha 2-Verde) – acesso recomendado
Acessibilidade Rampa, elevador, audiodescrição, Libras, piso tátil

Por que esse encontro importa agora

Após o centenário da Semana de 22, a discussão sobre modernismo se atualiza. Tarsila ajuda a enxergar o Brasil para além de mitos e slogans. O percurso destaca experimentações de cor e desenho, aproximações com a vida urbana e as tensões entre figuração e síntese.

Tomie Ohtake, por sua vez, introduz a dimensão do gesto contínuo. Suas curvas pintadas e esculpidas conversam com a arquitetura e com a rua. O recorte enfatiza processos de ateliê e a passagem do plano ao volume. Material, peso e equilíbrio se tornam argumentos visuais no espaço.

Niemeyer surge como ponte. A arquitetura deixa de ser cenário e vira obra dentro da exposição. Maquetes e imagens mostram como a curva se transforma em experiência pública. O visitante percebe o parentesco entre as linhas de Tomie e as soluções espaciais de Niemeyer, sem apagar diferenças de escala e finalidade.

Aprendizados que o visitante leva

  • Como a cor opera como linguagem, da paleta modernista ao campo cromático contemporâneo.
  • De que modo a linha se manifesta no papel, na tela, na escultura e na planta arquitetônica.
  • Que relações existem entre arte e cidade no Brasil, do ateliê ao espaço público.

Dicas práticas para aproveitar melhor

Prefira os períodos de abertura, entre 11h e 13h, quando a circulação é mais tranquila. Leve um casaco leve: a temperatura é mantida baixa para conservação. Evite mochilas volumosas nas costas; use guarda-volumes gratuito, quando disponível.

Reserve ao menos 90 minutos para percorrer os núcleos. Se for em família, combine com a equipe de educação um roteiro com atividades de leitura de imagem. Grupos escolares podem agendar visitas mediadas com antecedência. Aos fins de semana, chegue cedo para reduzir filas.

Conexões pela cidade

Quem quiser prolongar o circuito pode combinar a visita com outras instituições na mesma área cultural. O MASP fica a poucos minutos de metrô e oferece outra perspectiva sobre modernismos e contemporaneidades. O Instituto Tomie Ohtake, em Pinheiros, amplia o contato com a obra da artista em escalas monumentais. Passeios pela Praça do Ciclista e pelo mirante do Sesc na região completam a jornada, costurando arte e cotidiano.

Para quem é este programa

Estudantes e educadores ganham material para discutir identidade visual do país. Famílias encontram um roteiro acessível e gratuito. Profissionais de arquitetura e design observam processos e referências. Turistas têm uma parada estratégica na Paulista, com deslocamento rápido e oferta de serviços no entorno.

Sete motivos para você ir agora: entrada gratuita; localização central; acessibilidade; acervo em revezamento; mediação ativa; diálogos entre áreas; tempo de visita amigável.

Para fechar o dia, vale um exercício simples: após a visita, tente desenhar três curvas que resumam sensações do percurso. Compare com as linhas de Tomie, com as plantas de Niemeyer e com as formas de Tarsila que ficaram na memória. O gesto ajuda a fixar ideias, treina o olhar e amplia o repertório visual para a próxima ida ao museu.

Leave a Comment

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *