Você vai sentir 1875 em Ana Rech: veja 40 casas, ônibus histórico e preços que sua família aprova?

Você vai sentir 1875 em Ana Rech: veja 40 casas, ônibus histórico e preços que sua família aprova?

Um retorno sensorial ao século XIX ganha endereço fixo na Serra: música, cheiros e histórias que tocam moradores e visitantes.

O bairro Ana Rech, em Caxias do Sul, abre as portas para o Villa dei Troni, anunciado como o maior parque temático da cultura italiana do país. A proposta transporta o público para 1875, ano que marca a chegada dos imigrantes italianos que transformaram a região.

Uma viagem no tempo com nomes e lugares que você reconhece

Idealizado pelo empresário Edson Tomiello, o Trovão, o projeto levou mais de quatro anos de obras e curadoria. O complexo ocupa 25 hectares de uma antiga colônia preservada, mescla construções históricas e réplicas fiéis e cria uma vila viva, com oficinas, capelas, bodegas e uma hospedaria que carrega a história de Ana Rech no nome.

Em 25 hectares, 40 construções e um ônibus histórico conduzem você a 1875 sem sair de Caxias do Sul.

O circuito começa no ônibus e segue por trilhas de pedra

O passeio inicia a bordo de um ônibus histórico da linha Ana Rech–Caxias do Sul, já preparando o clima de época. O roteiro inclui estação férrea, capela, bodega, escola, salão comunitário e oficinas que resgatam ofícios tradicionais: olaria, selaria, barbearia e alfaiataria. A Hospedaria de Anna Rech surge como símbolo do turismo pioneiro na Serra.

  • Estação férrea e capela com ambientação de 1875
  • Oficinas ativas de olaria, selaria, barbearia e alfaiataria
  • Bodega e escola com objetos e mobiliário de época
  • Hospedaria de Anna Rech como ponto de memória da chegada dos imigrantes

Gruta de pedra, parreirais e araucárias centenárias

A gruta da família Calduro, erguida com 30 toneladas de pedra, aparece como marco fotográfico e peça de arquitetura rústica. Parreirais e araucárias centenárias moldam o cenário e reforçam a paisagem cultural da Serra Gaúcha, onde a vitivinicultura e a madeira compõem o cotidiano desde o século XIX.

Gruta de 30 toneladas, parreirais em produção e araucárias antigas formam um corredor de memórias a céu aberto.

Gastronomia que narra a imigração no prato

O parque abraça a culinária como linguagem de memória. O Restaurante Leon trabalha cardápio à la carte com técnicas contemporâneas aplicadas a receitas de raiz. A Cozinha da Nona prepara pães e polenta de modo artesanal, remetendo a fogões a lenha e tachos que alimentaram gerações. A Cantina do Nono serve vinhos e tábuas de frios, enquanto a Bodega fecha o circuito com bebidas para diferentes perfis de público.

  • Restaurante Leon: cozinha à la carte com leitura contemporânea
  • Cozinha da Nona: pães e polenta com preparo tradicional
  • Cantina do Nono: vinhos e tábuas de frios
  • Bodega: bebidas para acompanhar o passeio

Serviços, ingressos e horários para planejar sua visita

O Villa dei Troni comporta eventos para até 400 pessoas, oferece estacionamento amplo, acessibilidade em todo o percurso, Wi‑Fi gratuito e fraldário, o que facilita a vida de famílias, grupos de idosos e turmas escolares. A operação ocorre de sexta a domingo, das 10h às 18h, inclusive feriados.

Item Detalhes
Funcionamento Sexta a domingo, 10h–18h (feriados inclusos)
Inteira R$ 70
Meia-entrada R$ 35 (crianças de 6 a 12 anos e pessoas a partir de 60 anos)
Gratuidade Crianças até 5 anos
Onde comprar Site oficial da atração ou bilheteria local
Eventos Reservas para corporativos, casamentos e formaturas

Ingressos a partir de R$ 35 e entrada gratuita para crianças até 5 anos tornam o passeio viável para famílias.

Por que o parque mexe com a memória de quem vive na Serra

A narrativa de 1875 não fica restrita a cenários bonitos. A proposta traz o cotidiano de quem chegou com poucas ferramentas e mudou o perfil agrícola da região. Vinhedos, moinhos, madeiras rústicas e a convivência comunitária aparecem nos espaços de visitação, conectando a economia atual da Serra Gaúcha com o esforço dos imigrantes.

Moradores de Caxias do Sul ganham um lugar de referência para levar visitantes e contar histórias de família. Turistas encontram um percurso didático que ajuda a compreender por que bairros, rotas de vinho e festas locais carregam sobrenomes italianos e traços da vida camponesa europeia adaptada ao sul do Brasil.

Impacto econômico e oportunidades

O novo atrativo tende a distribuir fluxo turístico além do eixo de vinícolas tradicionais, movimentando restaurantes, pousadas e transporte em Ana Rech e arredores. Operadores podem montar pacotes de meio período combinando o parque com almoços típicos e rotas históricas no centro de Caxias do Sul, o que alonga a permanência do visitante na cidade.

Para quem vai com crianças e idosos

  • Prefira horários da manhã para percorrer todo o circuito com calma.
  • Use calçados confortáveis; há trechos em pedra e áreas externas.
  • Leve agasalho leve: o clima na Serra muda ao longo do dia.
  • A infraestrutura com acessibilidade e fraldário facilita a visita multigeracional.

Como aproveitar melhor a experiência

Reserve de duas a três horas para o circuito completo com paradas fotográficas, oficinas e uma refeição. Em dias de grande demanda, organize o almoço com antecedência para evitar filas. Quem aprecia fotografia encontra luz interessante no fim da tarde, quando a vila ganha tons dourados e a paisagem de parreirais aparece em contraste.

Grupos escolares podem transformar o passeio em aula de história aplicada, relacionando os ofícios tradicionais à economia local, do vinho à madeira. Empresas que buscam atividades de integração têm no circuito um cenário versátil, com salas e áreas abertas para dinâmicas de equipe.

Contexto histórico que ajuda a decifrar cada detalhe

A imigração italiana na Serra Gaúcha começou em 1875 com famílias vindas do norte da Itália, muitas delas do Vêneto e do Trentino. A adaptação ao relevo e ao clima favoreceu o cultivo da uva e a produção de vinhos, práticas que moldaram arquitetura, gastronomia e festas regionais. Ao caminhar pelo Villa dei Troni, você identifica esses elementos na madeira aparente, nas ferramentas de campo e no convívio comunitário em torno da capela e do salão.

Para ampliar a experiência, vale relacionar as oficinas do parque com atividades práticas em casa: fazer pão de fermentação lenta como na Cozinha da Nona, testar uma receita de polenta com queijo colonial ou comparar vinhos de uvas distintas para perceber a influência do solo serrano. Esse tipo de exercício aproxima famílias da história e cria pontes entre o passado e o cotidiano.

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