Movimentos discretos no alto escalão do turismo corporativo costumam mexer com tarifas, acordos e a sua próxima viagem.
A Avipam mexeu peças estratégicas e acendeu o alerta para quem compra viagens. A partir de 4 de novembro de 2025, Amanda Bigi, que vinha da Voetur, passa a liderar o relacionamento com fornecedores. A troca promete ajustes em contratos, metas de desempenho e desenho de tarifas corporativas para 2026.
Quem é Amanda Bigi
Com mais de 15 anos no turismo corporativo, Amanda construiu carreira em gestão de fornecedores, negociação comercial e melhoria de performance. Atuou na Copastur e, desde maio deste ano, respondia pela diretoria de Produtos Aéreos na Voetur. Chega à Avipam com perfil orientado a dados, metas e eficiência de processos, um tripé crucial para reduzir custos e elevar a qualidade entregue aos clientes.
| Empresa | Cargo | Período | Foco |
|---|---|---|---|
| Copastur | Gestão de fornecedores | Anos anteriores | Negociação, KPIs e compliance |
| Voetur | Diretora de Produtos Aéreos | Desde maio de 2025 | Estratégia aérea, NDC e tarifas corporativas |
| Avipam | Diretora de Relacionamento com Fornecedores | A partir de 04/11/2025 | Portfólio de parceiros, resultados e governança |
A nomeação de Amanda Bigi para a diretoria de Relacionamento com Fornecedores da Avipam passa a valer em 4 de novembro de 2025.
O que muda para clientes e fornecedores
A cadeira de fornecedores define quem senta à mesa, como o contrato se estrutura e de que forma a performance vira economia. A chegada de Amanda indica prioridade para acordos com metas claras, SLAs mensuráveis e governança firme. Esse desenho tende a afetar voos, hotéis, locadoras e consolidadores, com impacto direto em tarifa efetiva, disponibilidade e políticas de remarcação.
Impactos práticos que você pode sentir
- Renovação de acordos aéreos com uso intensivo de dados de demanda e rota, visando redução de custo por trecho.
- Revisão de contratos hoteleiros com foco em tarifa dinâmica controlada e prazos de reajuste mais previsíveis.
- Ajuste de SLAs para reembolso e remarcação, diminuindo tempo médio de retorno em casos críticos.
- Integração de conteúdo NDC onde fizer sentido, combinada a políticas para evitar taxas indesejadas.
- Metas de share por parceiro com gatilhos de incentivo atrelados à satisfação do viajante e à pontualidade.
Saída de Tatiana Brugognolle e continuidade
Tatiana Brugognolle encerra um ciclo iniciado em maio de 2023. Ela ajudou a consolidar uma rede de parceiros com foco em colaboração e qualidade. A Avipam agradeceu o período e reforçou o discurso de transição organizada, sem rupturas em contratos em vigor.
A gestão muda, o compromisso permanece: parcerias baseadas em confiança, métricas claras e resultados sustentáveis.
Prioridades dos primeiros 100 dias
O início de gestão costuma determinar o tom do ano. O roteiro provável combina diagnóstico rápido e decisões objetivas.
- Mapeamento de contratos críticos por gasto, risco e dependência operacional.
- Revisão de metas 2025–2026 por categoria (aéreo, hotel, carro, meios de pagamento, conteúdo digital).
- Definição de KPIs padrão: saving validado, tarifa média efetiva, compliance de política, SLA e NPS do viajante.
- Plano de migração para conteúdo NDC quando gerar benefício, com trilhas de mitigação de taxa e de falhas.
- Pipeline de RFPs priorizado por temporada e por corredor corporativo de maior volume.
- Governança mensal com fornecedores-chave e comitês trimestrais com clientes estratégicos.
- Checklist de compliance, LGPD e due diligence de parceiros com alto volume de dados sensíveis.
Por que essa mudança mexe com o mercado
O segmento de viagens corporativas atravessa uma fase de reprecificação, com aéreas ajustando canais, hotéis pressionados por demanda sazonal e empresas exigindo previsibilidade de custo. Uma diretoria de fornecedores alinhada a dados ajuda a capturar oportunidade em rotas ociosas, a negociar bloqueios de tarifa em períodos de pico e a reduzir a “tarifa sombra” causada por compras fora de política.
Quem compra viagens sente efeito em duas frentes: economia real em contratos e experiência do viajante. A equação fecha quando o preço cai sem despencar a qualidade. É nesse equilíbrio que a nova gestão tende a focar.
O papel da diretoria de fornecedores
A função vai além da boa relação. Ela mede performance com precisão, corrige rumos rapidamente e formaliza ganhos. O time precisa dominar técnicas de sourcing, leitura de dados, compliance e integração tecnológica. A cada renegociação, a diretoria ajusta a oferta ao comportamento do viajante, evita desperdícios e cria mecanismos que protegem a companhia da volatilidade de preço.
Como medir o efeito para a sua empresa
- Economia validada versus baseline, por rota e por centro de custo.
- Tempo de reembolso e taxa de remarcação resolvida no primeiro contato.
- Índice de satisfação do viajante após mudanças de fornecedor.
- Queda do “leakage” para canais não contratados.
- Cumprimento de SLAs por parceiro, com penalidades e bônus bem definidos.
O que observar nos próximos meses
O calendário de RFP de fim de ano deve ganhar ritmo. A Avipam tende a priorizar rotas com maior custo por trecho e contratos hoteleiros em praças com eventos sazonais. Parcerias com conteúdo NDC podem avançar, desde que mantenham eficiência de atendimento. Clientes corporativos devem monitorar dashboards de saving e satisfação para capturar ganhos rápidos.
Serviço e bastidores
A data de início está marcada: 4 de novembro de 2025. O contato direto informado para o mercado é [email protected]. A presidência, liderada por Antonio Fernando Slomp, apoia a transição e sustenta a agenda de inovação com foco em eficiência e valor compartilhado. O recado para fornecedores é simples: performance fala alto, reciprocidade conta, governança decide.
Contratos mais inteligentes, métricas transparentes e foco no viajante tendem a direcionar as próximas decisões.
Informações úteis para gestores de viagens
Quem gerencia budget pode simular cenários de saving ajustando rotas críticas, combinando tarifa negociada e política revisada. Uma regra prática ajuda: priorize 20% das rotas que somam 80% do gasto e valide impacto mensalmente. Em hotéis, avalie se a tarifa dinâmica com teto por data substitui a fixa com mais segurança. No aéreo, teste faixas de antecedência e restrições de tarifa que não destruam a experiência de quem precisa remarcar.
Se sua empresa pretende unificar meios de pagamento e conciliar despesas de viagem, alinhe o roadmap de integração com a diretoria de fornecedores. Esse passo facilita auditoria, reduz fraudes e acelera o reembolso. Para políticas que incentivam bleisure, crie trilhas separadas de aprovação, para não contaminar indicadores de custo e de segurança do viajante.


