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Brinquedos descartados viram acessórios incríveis

by Ketlyn Araujo ,
Brinquedos descartados viram acessórios incríveis© Reprodução/FTC/Ecool

Design sustentável combinado a peças descoladas. Conheça e se apaixone pela Ecool

Vencedora do Prêmio Iniciativa Jovem e do Selo Sustentável, ambos organizados pela Shell, em 2016, a Ecool - especializada em acessórios lúdicos – destaca-se pela sua estética divertida aliada ao conceito de sustentabilidade. Isso tudo porque, cada um dos itens desenvolvidos por Juliana Morais, designer e figurinista da marca, é criado a partir do reaproveitamento de materiais que iriam para o lixo – brinquedos e outros badulaques, para sermos mais específicas.

A matéria-prima vem diretamente de parcerias com lojas, fábricas de brinquedos e ateliês de decoração, além de feiras de antiguidade, bazares e brechós. Porém, a colaboração também chega por meio de doações de pessoas físicas. Cabeças de Barbie, legos, pompons e cubos mágicos se transformam em brincos, pulseiras, colares e tiaras - coloridos, com vibe fun e que, além de tudo, resgatam a memória afetiva da infância. No mercado desde fevereiro do ano passado, a Ecool á pautada pelo slow fashion, é eco-friendly e totalmente artesanal, com todas as peças feitas à mão.

O Follow The Colours, nosso site parceiro, bateu um bom papo com a Juliana, que conta mais sobre a Ecool e suas inspirações na entrevista a seguir:

FTC: Juliana, conta pra gente um pouco sobre você e como chegou até a criação da Ecool

Sou figurinista e designer de moda. Sempre fui muito ligada às artes e moda desde criança - via minha mãe costurar e criar diferentes coisas toda semana, em casa - e isso se refletiu total no que faço hoje. É muito engraçado isso, porque quando eu tinha 9 anos comecei a fazer bijuterias para vender e hoje, com 30, depois de percorrer um longo caminho, é o que eu faço para viver. Amo criar, seja uma roupa, um acessório, um bordado ou até pegar um objeto quebrado e consertá-lo, dando uma nova cara a ele.

Trabalhei em algumas marcas de moda carioca no estilo, design gráfico, marketing e até desfiles. E foi numa delas que comecei a prestar atenção no quanto de tecido é jogado fora. Metros e metros iam pro lixo todo dia! Nesse mesmo momento, eu estava acabando a faculdade de Design de Moda e aproveitei esse exemplo tão próximo para fazer meu projeto final sobre a sustentabilidade na moda, criando uma coleção toda feita com reaproveitamento de tecidos dessa marca.

A partir desse estudo e de entrevistas, concluí o quanto as pessoas ainda têm preconceito com o sustentável, com uma visão de que é feio, "ecochato" ou brega. Fiquei pensando nisso, e me deu vontade de criar algo que tirasse esse pensamento. Foi assim que nasceu a Ecool, uma marca de acessórios eco-friendly, sustentável, que celebra o slow fashion e o feito à mão, com um design cool, lúdico, diferente, divertido, chamando atenção por onde passa e resgatando a memória afetiva que temos com os brinquedos.

FTC: A gente já falou bastante aqui sobre marcas slow fashion e a conscientização do consumidor. Onde e como a Ecool se encaixa nisso?

Temos em nosso DNA exatamente esses conceitos. Nossas peças são feitas de modo artesanal, e grande parte delas são peças únicas. Não escolhemos os brinquedos que vamos trabalhar, eles chegam até nós através de sobras que seriam descartadas, e a partir daí pensamos como ele pode ser trabalhado para se chegar no resultado final, que é um acessório de moda.

Além disso, queremos chamar atenção do nosso consumidor para a conscientização do slow fashion e da sustentabilidade. Em breve estaremos lançando nosso canal com vídeos bem explicativos e com a cara jovem da marca.

FTC: Qual foi primeira peça que criou e o que ela hoje representa para você?

A primeira peça foi um brinco de globo, que foi peça única e até as pessoas perguntam se ele ainda é fabricado. É uma peça bem representativa, porque o que a gente faz e quer é cuidar da terra e propagar para todos a mensagem da sustentabilidade através dos acessórios.

FTC: Vocês têm peças totalmente divertidas e coloridas. Qual a dica que vocês dariam para quem quer usá-las?

Acho que cada um vai acabar colocando as peças conforme o seu estilo. Como são bem chamativas, elas por si só já são a peça-chave do visual. O importante é se sentir bem e sustentar, porque com certeza alguém vai perguntar sobre elas.

FTC: Da onde vem a inspiração para criar as peças?

A inspiração real, mesmo, vem dos próprios brinquedos. A gente não segue uma tendência, porque é algo muito único. Temos algumas musas da marca, que sempre prestamos atenção e gostamos muito do estilo, como a Karol Conká (que usa nossas peças), a Magá Moura, meninas do squad londrino, Confetti Crowd e as Fairy Kei, no Japão.

FTC: Uma frase que define a a “vibe” da Ecool

Ser diferente, lúdico, e eco é cool.

FTC: O que dá mais prazer neste trabalho? E o que dá menos?

Acho que o que dá mais prazer é ver o reconhecimento das pessoas, principalmente quando eu encontro alguém na rua usando os acessórios.
O que dá menos prazer é não conseguir tantos parceiros quanto nós queríamos, e saber que muitas das fábricas com que conversamos falam uma coisa, mas na prática fazem outra - assim ela não apoiam a gente na hora do descarte.

FTC: E agora, o que vem pela frente?

Estamos trabalhando em algumas mini-coleções novas, que serão lançadas agora em maio, sendo uma delas toda de peças únicas em homenagem às mulheres. Vamos lançar nosso canal no Youtube com nossos vídeos e, por fim, um projeto social que começará no segundo semestre desse ano.

Acompanhe a Ecool nas redes sociais. Para comprar as peças, é só acessar o site oficial da marca.

Texto original, Follow The Colours

Info + Fun. O FTC é um site que traz conteúdo informativo e criativo sobre moda, arte, design, cultura, decoração, tecnologia, tatuagens, gastronomia e viagens

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Ketlyn Araujo
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